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Projeto apresentado na FIciencias propõe alternativa orgânica para o uso de agroquímicos    

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A proposta, desenvolvida pela estudante Kétlyn Victoria Turetta, contribui com a preservação do meio ambiente e a saúde humana. 

A aluna do 3ª ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, de Toledo, no Oeste do Paraná, Kétlyn Victoria Turetta, desenvolveu um projeto que propõe a utilização de caldas orgânicas no controle de pragas e doenças em plantações agrícolas. A ideia surgiu a partir de uma situação que a estudante observou em casa: a sua mãe cultivava diversas plantas na horta, porém, sempre tinha problemas com pulgões e antracnose.  

Kétlyn levou a proposta de resolver o problema de forma orgânica, contribuindo com meio ambiente e a saúde humana, para a sua orientadora, Dionéia Schauren. “Também observei que os produtores utilizam muitos agroquímicos para controlar tanto o pulgão como a antracnose. Então começamos a pesquisar na literatura diversas coisas que poderiam auxiliar no desenvolvimento de caldas que pudessem substituir a utilização de agroquímicos”, contou a estudante.   

Alimento orgânico 

Segundo a orientadora, que é agente educacional e atua como laboratorista, o projeto fundamentou-se na formulação de uma calda orgânica que, além de aumentar a produtividade, proporciona a produção de um alimento saudável sem causar o impacto negativo que agroquímico tem na natureza.  

“O objetivo do trabalho é o desenvolvimento de uma calda alternativa que funcione contra a antracnose e que também seja um repelente de pulgões e outros insetos que prejudicam a oleicultura”, explicou Dionéia. “Proporcionando alimentos saudáveis, com qualidade boa, ou seja, semelhantes aos produzidos com agroquímicos. Além de ecologicamente correta, sem espantar os agentes (insetos) polinizadores”, complementou a orientadora. 

A estudante contou que, com o tempo, o projeto foi se desenvolvendo cada vez mais, até chegar no formato atual: caldas orgânicas compostas por alho, urina de vaca, enxofre e folhas de alamanda e uva-do-japão. “O desenvolvimento das caldas foi baseado por meio de testes nas plantas de quiabo e de milho, porque observamos que tem uma grande incidência, tanto do pulgão como da antracnose, nessas produções. O projeto também propõe a utilização das caldas no desenvolvimento das sementes para o controle invitro do patógeno causador da antracnose e a realização de testes para analisar a influência no pH do solo”, explicou. “O projeto ainda está em desenvolvimento, porém, até o momento, mostram-se eficazes para todos os objetivos, apresentando ótimos resultados”, ressaltou Kétlyn.  

Oportunidades 

De acordo com a aluna, o trabalho proporcionou diversas oportunidades: “Ele me auxiliou tanto no meu desenvolvimento pessoal como profissional, porque, com ele, tive diversas oportunidades de participar de feiras de ciências, como a FIciencias. É algo que eu realmente me apaixonei no ensino médio e eu quero continuar a fazer. Me ajudou inclusive na escolha do que eu desejo para o meu futuro, que é fazer de faculdade de ciências biológicas”, disse.  

Sobre a feira, Kétlyn conta que participa desde 2017, quando o trabalho estava no início. “A FIciencias é uma feira do coração para a gente porque eu participo desde 2017 quando o meu projeto estava na primeira fase, foi uma feira que viu o meu projeto crescer desde que ele surgiu até hoje. Como estou saindo do ensino médio fiz questão de me inscrever nesta edição, também porque é sempre muito acolhedor participar, uma oportunidade incrível”, concluiu.  

Conforme a orientadora, todos os anos o objetivo dos alunos do colégio é participar da feira. “Nós temos um carinho imenso pela FIciencias e por toda equipe que nos acolhe de uma forma incrível. Participar, mesmo que remotamente, é maravilhoso. É certo que vamos submeter trabalhos todos os anos”, finaliza. 

FIciencias 

A FIciencias 2021, realizada Parque Tecnológico Itaipu – Brasil (PTI-BR) e pela Itaipu Binacional, em parceria com 6 universidades, teve início na última segunda-feira (08) e segue até a tarde desta sexta-feira (12), quando a partir das 16h, vão ser conhecidos os projetos premiados.  

A programação ocorre 100% online com transmissão pelo canal do youtube https://youtube.com/c/FIcienciasFeira.  

Destinada a estudantes, do ensino fundamental e médio, a feira chega a sua 10ª edição com o objetivo de apresentar ideias criativas e inovadoras, em diversas áreas das ciências.   

Nas 9 edições anteriores, a FIciencias contou com 22.726 participantes de 1.289 escolas da Argentina, do Paraguai e do Brasil (Paraná e Santa Catarina).   

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